O joio não estará para sempre entre nós!
- Bruna Casagrande.
- 29 de jan. de 2019
- 3 min de leitura

Essa semana presenciei uma situação que me fez refletir sobre a parábola que Jesus em Mateus 13:24-30 ensinou aos seus discípulos.
A parábola do joio.
Jesus lhes contou outra parábola, dizendo: "O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi. Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu. "Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: ‘O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio? ’ " ‘Um inimigo fez isso’, respondeu ele. "Os servos lhe perguntaram: ‘O senhor quer que vamos tirá-lo? ’ "Ele respondeu: ‘Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até à colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro’ ".
Quando eu era criança, um dia estava na casa da minha avó, e ela ouvia um disco de vinil onde uma mulher estava pregando a respeito dessa passagem bíblica. Quando ela leu a parábola, no meu entendimento de criança, achei muito injusto a decisão do dono do campo. "Como assim, deixar o joio crescer junto ao trigo?" Isso não faz sentido! Deixar o mal crescer ao lado do bom, roubando sua sombra, sugando da terra os nutrientes, ocupando espaço, "atrapalhando" o trigo de crescer e se desenvolver.
Confesso que demorei para entender esse posicionamento. Na verdade, de vez em sempre, preciso me lembrar quem é o dono do campo, para me lembrar por que o joio ainda está entre nós.
O joio é considerado uma erva-daninha, conhecida como "falso-trigo". Crescendo junto ao trigo pode ser facilmente confundido com ele. Sua distinção pode ser feita apenas quando as plantas amadurecem, ficando fácil identificar e arrancar o joio.
Só pude entender essa parábola, quando passei a conhecer o "senhor do campo". Ele deseja que nenhum se perca (João 6:39), por isso ele faz raiar o sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos (Mateus 5:45). Ele ama sem distinguir. Ainda estamos no processo, no período de crescimento. A colheita ainda não chegou.
Quantas vezes agi como João e Tiago em Lucas 9:51-56, pedindo a Deus que fizesse cair fogo do céu e destruísse os "incrédulos", os "maus", os "joios". Ah como me arrependo desse tempo onde meu senso de justiça me levava a ser como um deles, um falso-trigo no meio do joio.
Hoje trabalho para que eu sempre me lembre, que ninguém é considerado bom ou mau, até que chegue o fim.
"NINGUÉM É CONSIDERADO BOM OU MAU, ATÉ QUE TERMINE!"
Quantas vezes enganei a mim mesma achando ser trigo, quando na verdade a aparência escondia o que eu carregava dentro de mim. Eu decidi abandonar todas essas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência, mentira. Estou fazendo morrer tudo que pertence a minha natureza terrena: imoralidade, impureza, desejos maus, ganância, idolatria (Colossenses 3:5-11). Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoada, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançada por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesma já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3:12-14)
Hoje vivo com o desejo de que Cristo seja TUDO em TODOS. Até mesmo a respeito daqueles que um dia foram "joios", há esperança! Jesus dá uma nova vida, nos faz nova criatura, se apenas nascermos de novo. Lembre-se estamos todos no processo! Que ao chegar o tempo da colheita, o bom mestre encontre muito trigo em sua plantação. Esse é o meu desejo, e a minha esperança!






















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